18 de abril de 2005

Abrigo precisa de ajuda financeira URGENTE

Gente, leiam a matéria do jornal A Tarde de ontem (17/04/05), sobre a situação do abrigo. Tomei ciência dessa situação hoje, ao ler os e-mail do Protetores Baianos.
Estou aqui com a rifa em prol do abrigo pra vender ainda, e vocês também podem ajudar diretamente com dinheiro e doações!!
AJUDEM, POR FAVOR!
"Animais Abrigo São Francisco sem verba para manter animais
Entidade cobra da prefeitura o cumprimeiro de promessa feita por Imbassahy
ANA LUCIA ANDRADE
A seção Bahia da Associação Brasileira de Proteção aos Animais (ABPA-BA) pede socorro. É que, com o anúncio de liberação de verbas pela prefeitura municipal, no ano passado, pararam as doações, enquanto a população animal no Abrigo São Francisco de Assis, mantido pela entidade, dobrou. Acontece que os recursos anunciados – cinco prestações de R$ 10 mil com a possibilidade de prorrogação por mais 120 dias – foram suspensos em novembro, deixando a ABPA sem condições de dar continuidade ao trabalho que desenvolve com os animais abandonados nas ruas. De acordo com a médica Edna Rita Teixeira, presidente da ABPA-BA, a situação do Abrigo São Francisco, que fica em Paripe, está insustentável. Com uma despesa mensal de R$ 12 mil, bancada do próprio bolso, Edna está assistindo ao trabalho realizado até hoje que vinha sendo desenvolvido ruir por falta de apoio. O acordo firmado com a prefeitura, através da Secretaria da Saúde, em agosto do ano passado, só foi cumprido nos meses de setembro, outubro e novembro. Os recursos que vinham sendo liberados para a ABPA-BA têm uma razão de ser. É que, no final da gestão municipal passada, uma série de providências de última hora foram tomadas, fruto da epidemia de raiva instalada em Salvador, com o registro da morte de um adolescente. Uma dessas providências foi fazer do abrigo uma espécie de extensão do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de olho no tratamento dos animais de rua.
CANIS – Em visita ao abrigo, no ano passado, o ex-prefeito Imbassahy e a então secretária da Saúde, Aldely Rocha, prometeram mais. Além dos recursos financeiros, o espaço ganharia um posto de vacinação, presença de um veterinário e mais 40 canis. A idéia era justamente seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), acabando com a matança de animais de rua. A construção dos canis, paga com o dinheiro público, pareceu uma novela, de acordo com a ABPA-BA. A primeira empreiteira não pôde dar continuidade à obra porque o pedreiro tinha alergia a pêlo animal. A segunda, derrubou o que a sua antecessora conseguiu levantar, e construiu 14 dos 40 canis prometidos. A terceira, continuou o serviço da segunda, com a construção de mais 14, deixando uma obra que já ameaça cair. “Estou cumprindo minha parte, de prestar um serviço de utilidade pública. E a parte da prefeitura, quando será cumprida?”, questionou Edna. Antes do convênio, a ABPA mantinha no local cerca de 200 animais, entre cães e gatos. Atualmente, esse número chegou a 500. Além de uma despesa mensal de R$ 1 mil por semana com ração, a entidade arca com os custos de medicamentos, material de limpeza, energia e telefone, além da folha de pagamento de seis funcionários e a contratação de um serviço veterinário.
POSSE RESPONSÁVEL – Edna conta que os animais recolhidos das ruas por ela e por voluntários da entidade são largados por seus donos por ser fêmeas ou estar velhos ou doentes. “Eles são abandonados quando mais precisam”, criticou. Sensibilizados com a luta diária da ABPA-BA, a estudante Maryanne Santos, 24 anos, e o professor Darlan Borges, 25, estão se mobilizando para criar o Clube de Doação, de recolhimento de ajuda entre amigos, vizinhos e parentes. “Gostamos de animais e sabemos da importância que este lugar têm para a vida deles”, disse Darlan. “Nossa preocupação com os animais abandonados nos levou à decisão de mobilização”, explicou Maryanne.Além de recolher animais, a ABPA desenvolve um trabalho de adoção. Mensalmente, organiza uma feira de doação, em Vilas do Atlântico, mais precisamente na área da loja de ração Angel, bem na entrada do bairro. “São filhotes de cães e gatos, indefesos, que precisam de um lar e, acima de tudo, alguém que lhes dê amor”, diz Edna. A próxima feira acontece no segundo sábado de maio, às vésperas do Dia das Mães, das 9 às 18 horas.
Entenda o caso
2001 - O Ministério Público recomenda à Secretaria Municipal da Saúde mudanças na política de zoonoses.
2003 - O promotor de justiça Luciano Rocha move uma ação civil pública contra o município de Salvador por maus-tratos no CCZ. Salvador fecha o ano com o registro de 43 casos de raiva canina. Morre um garoto de 12 anos por raiva humana.
2004 - Em julho, morre um estudante de 19 anos, devido à raiva humana. Em agosto, diretores da ABPA-BA afirmam a disposição para receber os animais recolhidos na rua. Imbassahy e Aldely Rocha visitam o abrigo mantido pela ABPA-BA e anunciam uma parceria, que inclui repasse financeiro e melhoria das instalações físicas.
Serviço
Doações para a ABPA-BA - Conta corrente: 503091-9, agência 3557-2, Bradesco
Abrigo São Francisco de Assis -Rua Marques de Olinda, 160, Paripe, telefone (71) 3408-3181
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